Em audiência pública realizada na última quarta (5/1), o presidente da Eletrobras, Rodrigo Limp Nascimento, apresentou números que comprovam que a privatização da estatal de energia não é necessária.
Segundo o executivo, a Eletrobras poderá investir, até 2035, cerca de R$95 bilhões de reais. “Hoje temos uma empresa equilibrada, com boa geração de caixa, que registra lucros constantemente”, afirmou.
Nascimento, porém, estava na audiência para defender a privatização, ecoando a posição de seu superior, o ministro da Economia e um dos fundadores do BTG Pactual, Paulo Guedes. O presidente da Eletrobras alegou que uma eventual privatização poderia fazer com que o montante disponível para investimento chegasse à casa de R$200 bilhões.
Acontece que a Eletrobras já chegou a esse nível de investimento antes com recursos próprios. Em 2014, os investimentos da empresa foram de R$11,4 bilhões, o que, na média, é muito próximo do valor que a equipe de Paulo Guedes deseja obter com a privatização.
A questão é que após a chegada ao poder de Michel Temer, um neoliberal convicto, os investimentos da Eletrobras foram sendo gradualmente reduzidos, chegando a apenas R$3,1 bilhões em 2020. É a velha tática de “sucatear para privatizar” que passamos a ver acontecer no Brasil na década de 90 com o PSDB.
Ou seja, a venda de um dos ativos mais estratégicos do Brasil para financistas transnacionais não se sustenta em nenhum argumento lógico do ponto de vista econômico. Como de hábito, estamos diante de pura ideologia liberal e, claro, entreguismo.
A grande pergunta que fica é: por que Paulo Guedes, um ex-banqueiro com ligações explícitas com executivos de bancos e de fundos financeiros, quer tanto privatizar uma empresa que é estratégica para os interesses nacionais além de financeiramente saudável?
A resposta deixamos para você, leitor, imaginar.
Com informações do sítio da AEPET
Preciso entender mais sobre Paulo Guedes, o cidadão comum não percebe os danos causados ao nacionalismo.
Mas sugiro que esse jornal indique um nome para o ministério da economia. Só então, apelaremos ao presidente via rede sociais.