
Por Rubem Gonzalez
O que você vai ler abaixo é a expressão de alguém que não concordava com o Olavo de Carvalho em vários pontos e que sempre combateu, principalmente, a sua desonestidade intelectual e a sua capacidade de manipular a história, para moldá-la ao seu discurso.
Só que Olavo de Carvalho morreu hoje. O que posso dizer é que não terei que combater ou debater sobre a sua inegável produção filosófica e a sua capacidade de aglutinar seguidores.
Você que está se regozijando e tripudiando da morte do Olavo de Carvalho lembre-se de uma coisa: ele jamais pregou a violência. Agora morto, ele vai virar um ícone, uma lenda.
Será usado como símbolo por pessoas provavelmente sem a sua inteligência, porém idiotas e truculentas. Seu legado será usado por pessoas idiotas igual a você, que ataca, sem piedade, alguém que não pode se defender.
Portanto, todo cuidado é pouco, principalmente para você que se julga subcelebridade da New Left. Olavo de Carvalho sempre desafiou vocês no campo filosófico, e no caso específico da New Left, ele sempre ganhou de goleada. Morreu invicto diante de uma esquerda pedante, arrogante e incompetente.
Todo cuidado é pouco porque seus seguidores podem vir atrás de vocês de verdade, fisicamente, caçando vocês e colocando em prática a violência que vocês têm só de garganta e na lacração barata.
Não comemore muito, Olavo de Carvalho não morreu no limbo, não morreu destruído, ele morreu no auge, como líder intelectual de um grupo que congrega um segmento extremamente perigoso, repito, extremamente perigoso.
Uma parte significativa é composta de pessoas que são capazes de atos que o próprio velho condenava. A parte dele era a filosófica e a desse segmento é o ódio, o mesmo que a New Left usa na teoria.
Além do mais, eu não sei que mérito existe em tripudiar sobre defuntos, a New Left, que se diz tão inclusiva, deveria aprender com os índios, que eles dizem defender com unhas e dentes. Mas parece que, como todas as minorias, são usadas apenas como desculpa para parecer inclusivo.
Um índio respeita o inimigo tombado sob à sua força e a sua capacidade, não vê mérito ou valentia em alguém que demonstra coragem diante de um morto, toda sua raiva e seu ódio era enquanto o seu oponente estava vivo, dali em diante vem o respeito.
Mas também seria pedir demais para vocês, um índio era um guerreiro nato e vocês não são absolutamente nada, um bando de vagabundos correndo atrás de uma boquinha, vocês são exatamente aquilo que Olavo de Carvalho sempre disse que vocês eram…..
Parabéns pela honestidade intelectual de criticar um oponente de maneira justa e idônea, separando-se, assim, tanto dos seus mais inimigos (“o inimigo do meu inimigo não é o meu amigo”) quanto da idolatria cega que o respeito humano puro impõe. É um trabalho e tanto fazer-se justo deste modo.
Muito bom Rubem, vindo de você não esperava nada diferente. Excelente leitura, compartilho muito da sua analise.
Um forte abraço irmão.
Descanse em paz, Grande Homem, esteja na paz do Senhor Deus.