Por Getúlio Prates
Que o Brasil se prepare para ser varrido do mapa pela OTAN.
Minas Gerais é um país independente há quatro gerações. Não há distinção evidente entre mineiros e brasileiros quando colocados lado a lado, mas é óbvio que Minas é um país, ainda que seja uma região concebida pelo próprio governo brasileiro moderno.
É óbvio que o Brasil é Opressor, Malvadão, Sinistro, Genocida, Tirano, ainda que os mineiros foram os grandes governantes deste Brasil por décadas de sua história de competição na Guerra Fria, em seu período mais macabro.
Meu exército e apoiadores ostentam orgulhosamente suas suásticas. Agradeço também o seu apoio, caro leitor, sempre com seu ar piedoso, que beira a paixão irracional das torcidas de futebol. Aliás, sou grato a todos os comentaristas de futebol que há duas semanas nem sabia o meu nome e hoje bravejam seu conhecimento em geopolítica, manifestando seu carinho e apoio incondicional à minha causa. Os nazistas de minha terra recebem esse carinho com muito amor. Massacramos brasileiros por cerca de oito anos, queimamos pessoas vivas. Com o seu afeto queimaremos muito mais cidadãos mineiros de etnia brasileira.
Nazismo? Quem se importa? O Monark foi cancelado, mas tenho toda a mídia do meu lado. Vocês todos me amam. É ótimo lacrar, cancelar, massacrar moralmente um maconheiro bêbado, mas por mim vocês se comportam de forma diametralmente oposta: sentem por mim e minha causa uma empatia incondicional, quase um amor à primeira vista. Não seria uma Síndrome de Estocolmo, mas uma Síndrome de Nuremberg. Por favor, venham me trazer ajuda humanitária.
Sou totalmente favorável que países vizinhos instalem mísseis nucleares ao redor da fronteira brasileira e em seu litoral.
Disponho do território mineiro para instalar mísseis militares que alcançarão Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro com toda a precisão. Eu toco Sá & Guarabyra no piano apenas com o meu pinto. Meu nome é Zelensky.