Por Felipe Quintas.
Num mundo que se fecha cada vez mais para os EUA, eles procuram reforçar a influência que têm sobre a América Latina e a Europa ocidental, as zonas de influência que lhes restaram. Se, no passado, a elite do poder estadunidense usava o liberalismo neoconservador como vetor dos seus interesses em outros países, hoje, ela utiliza o progressismo pós-moderno, formulado pelo sistema financeiro transnacional e alçado a ideologia oficial dos EUA, sendo defendido por todos os seus órgãos diretos e indiretos de poder. Boric, Petro, Macron e Scholz são alguns dos seus principais representantes hoje, sem falar de Biden, que cumpre função de Papa.
Chavões como “mudanças climáticas”/”descarbonização”/”Green New Deal“, “Vidas Negras Importam”, reconhecimento de nações indígenas e direitos reprodutivos e LGBTQIAP+, são, hoje, o núcleo ideológico do imperialismo estadunidense e do sistema especulativo centrado em Davos. Eles são voltados não apenas para afirmar governos e políticas favoráveis à agenda do Great Reset, como para se opor aos países e blocos civilizatórios que não se dobrem aos seus propósitos, considerados “fascistas” em bloco, desde a China marxista-leninista-confuciana até o Irã islâmico, desde o social-conservadorismo de Putin até o reformismo social-democrata à moda antiga de Andrés López Obrador, presidente do México.
Os representantes dessa nova tendência progressista pós-moderna não precisam nem devem ser populares, pois não são escolhidos para liderarem governos carismáticos, mas para operacionalizarem os comandos da tecnocracia financista norte-atlântica, podendo ser tranquilamente substituídos quando ela quiser. São, assim, uma versão atualizada da “Terceira Via” dos anos 90, versão neoliberal da social-democracia que elegeu vários governantes na zona de influência dos EUA, como FHC no Brasil, Ricardo Lagos no Chile, Tony Blair no Reino Unido e Gerhard Schroeder na Alemanha, governantes títeres que, na época, também despertaram esperanças de uma era pós-neoliberal, num contexto em que o neoliberalismo estava associado ao neoconservadorismo de Thatcher e Reagan, mas que saíram do governo sem deixar saudades, e cujo legado não foi superado pelos governos seguintes.
Da mesma forma que a Terceira Via dos anos 90, e, ao contrário do que esperam os seus eleitores da velha esquerda e temem os seus críticos da direita liberal/libertária, os políticos progressistas pós-modernos não pretendem se opor às reformas neoliberais anteriores, que aceitam como fato consumado, mas reformulá-las segundo seus critérios. As ideias da antiga esquerda de “regime do proletariado” (no caso da esquerda revolucionária) ou de “Estado de bem estar social” (no caso da esquerda reformista) lhes são totalmente estranhas, e possuíam pressupostos hoje inexistentes, como partidos leninistas, sociedades industriais e/ou sólidos e centenários Estados nacionais. Assim, a nova esquerda procura abrir espaços de “representatividade” no “mercado” para minorias identitárias, produzir transformações comportamentais que subjuguem os seres humanos às “Big Tech” e “Big Pharma“, encarecer a produção e o consumo de energia (já privatizada) a pretexto de ambientalizar a matriz energética e aprofundar o processo de desintegração territorial dos países para, supostamente, corrigir supostas “dívidas históricas”. Não se trata, portanto, de uma negação ou superação do neoliberalismo, mas da sua substituição como estratégia de controle financista-imperialista da população e dos recursos estratégicos dos países vinculados à zona de influência estadunidense.
Como disse o velho mas não ultrapassado Marx, as ideias dominantes de uma época são as ideias da classe dominante, e as ideias da classe dominante, hoje, são as progressismo pós-moderno, que encontram maior aceitação na nova esquerda do que na direita populista. Esta última ainda está presa no “economicismo” da direita neoconservadora da década de 80 e não entendeu que o objetivo da elite do poder estadunidense e financista não são mais a privatização e a desregulamentação em si, pois praticamente tudo já foi entregue ao topo da pirâmide capitalista, mas a mudança do padrão civilizatório ocidental, de sociedade individualista de consumo em massa para o transumanismo e para o pós-materialismo, que a nova esquerda abraça com o mesmo fervor dos seus chefes em Washington e Davos.
Para exemplificar, a “transição energética”, um dos elementos centrais da doutrina ESG (Environmental, Social, and Corporate Governance) e do Great Reset, é uma artimanha das elites financeiras de Wall Street e Davos para encarecer a energia e destruir a capacidade produtiva e de consumo dos países, como ocorre na Alemanha nos últimos tempos. É esse o compromisso de Gustavo Petro, elogiado por Miriam Leitão na CBN. Detalhe: 77% da matriz energética colombiana é composta por petróleo e carvão.
No Brasil, esse processo avança significativamente com a privatização da Eletrobrás e da Petrobrás para os mesmos fundos especulativos que criaram e patrocinam essa agenda. Uma vez que Bolsonaro tenha feito a parte dele no acordo, de privatizar tudo, será a vez de Lula dar prosseguimento à agenda fazendo aqui o que Petro quer fazer na Colômbia.
Em nome da modernidade, da democracia e do clima vão fazer o povo comer gafanhoto e minhoca. Quem reclamar será condenado pelo STF por fake news e genocídio ambiental. O pior é que não faltará gente para lamber os dedos com insetos e denunciar quem não gostar.
Fora do Ocidente, há certas medidas que devem ser tomadas para proteger os povos da implosão econômica do Ocidente…
Os Independentes, liderados pela Rússia, China e Índia, devem criar um bloco para se isolar do Ocidente radioativo. Este isolamento não deve ser apenas econômico, mas também político e social. Seus sistemas econômicos devem ser divorciados do Ocidente e tornados autônomos. Suas culturas e sua história devem ser defendidas contra as influências ocidentais e o revisionismo. Este processo parece estar em andamento.
Os Independentes devem proibir imediatamente todas as instituições e ONGs patrocinadas pelo Ocidente em seus países, independentemente de serem patrocinadas por estados ou indivíduos ocidentais. Além disso, eles devem proibir todos os meios de comunicação que recebem patrocínio ocidental e despojar todas as escolas e universidades de patrocínio e influência ocidentais [Ênfase do tradutor].
Eles devem deixar todas as instituições internacionais e possivelmente incluindo as Nações Unidas, porque todos os organismos internacionais são controlados pelo Ocidente. Eles devem então substituí-los por novas instituições dentro de seu bloco.
Eles devem, em algum momento, declarar o dólar e o euro como moedas insolventes. Isso significa que eles devem declarar inadimplência em todas as dívidas denominadas nessas moedas, mas não em outras dívidas. Isto provavelmente virá em uma etapa posterior, mas é inevitável…
O que mais me incomoda nos identitários é a burrice e a desonestidade intelectual. Dialogar com quem não tem caráter é simplesmente impossível.
A nova moda é procurar escravocratas na arvore genealógica.
Essa turma que “estudou em Harvard” acredita piamente que foram os republicanos estadunidenses que comandaram os racistas do sul na guerra de secessão. O engraçado é que os democratas estadunidenses realmente ignoram o fato de que foram eles que comandaram os racistas do sul na guerra de secessão.
Como e quando foi que eles “trocaram de lado”? Todos os gringos são racistas, mas atualmente os republicanos é que são publicamente racistas.
A suprema corte estadunidense é um lixo, um entulho autoritário, que os gringos conservam em nome da “tradição”. O STF do Brasil é muito melhor, pelo menos aqui os juízes tem que sair do tribunal aos 70 (setenta).
O maior problema dos brasileiros é o complexo de inferioridade, muita coisa no Brasil é até excessivamente organizada.
Outro dia duas idosas (mãe e filha) que vivem na Finlândia foram impedidas de tomar a 4ª (quarta) dose da vacina contra a COVID em Fortaleza (Ceará) pois as cadernetas da Finlândia tem muito pouca informação. O governo estadual ainda fez questão de exigir informações adicionais para a Finlândia.
Espero que os nazistas europeus (Finlândia e Suécia) não fujam para cá quando a coisa (esquentar/esfriar).
Esse final do texto é realmente sofrível.
Fato: 77% da matriz energética colombiana é composta por petróleo e carvão.
Conclusão: Investir em outras matrizes energéticas (menos poluentes) não é necessário.
Isso é o que pensam os homens das cavernas da Arábia Saudita. Tudo que eles fazem é comprar patentes para “não usar” e impedir avanços tecnológicos.
Pessoalmente considero importante fazer investimentos QUALITATIVOS em energia. Esses investimentos geralmente trazem avanços tecnológicos capazes de reduzir custos e popularizar a tecnologia, permitindo o uso em larga escala.
Os gringos e os sionistas estão usando a agenda ambientalista e as ONGs para fazer sabotagens no planejamento energético de outros país, isso não é nenhuma novidade. Isso não justifica a imbecilidade da turma do Bozo de “dane-se o meio ambiente”.
A esquerda BURRA realmente acha que pode mudar a matriz energética de um país do dia para a noite e usar só fontes renováveis. O RCP do PCO já falou disso diversas vezes desse assunto.
Não é só a esquerda que é burra, os lideres do Ocidente estão no mesmo nível.
As mudanças climáticas são um problema real, agir como negacionistas (débeis mentais) ao invés de preparar-se é “imbecilidade”.
Posso não ser muito culto, mas estou numa cruzada contra o obscurantismo.