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Por Andrew Korybko.
Longe de ser uma tentativa fracassada de um chamado “golpe fascista e terrorista”, parece convincentemente que a sequência de eventos de domingo foi fabricada artificialmente via conluio entre os “deep states” americanos e brasileiros, a fim de avançar suas agendas ideológicas compartilhadas.
Comparações “Politicamente Incorretas” com o dia 6 de janeiro de 2021 nos EUA.
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Milhares de simpatizantes do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro invadiram o Palácio Presidencial, o Congresso e a Suprema Corte no domingo, numa tentativa fracassada de reverter o resultado da eleição do ano passado que viu por pouco seu antecessor Luiz Inácio Lula da Silva (“Lula”) voltar ao cargo. Os participantes alegaram que as máquinas de votação eletrônica manipularam o resultado e, portanto, deslegitimaram a vitória de Lula. Assim, muitos observadores compararam o dia 8 de janeiro com o dia 6 de janeiro dos EUA.
No entanto, todos deveriam ter cautela antes de apressar o julgamento do que acabou de acontecer no Brasil, já que nem tudo é tão simples quanto parece inicialmente. Assim como a capital americana há dois anos, Brasília estava desconfiadamente indefesa, apesar dos sinais óbvios de alguns membros da oposição há vários meses de que planejavam fazer uma última chamada em apoio à sua causa política. Isto faz pensar se ambos os eventos foram autorizados a se desenrolar.
Para explicar, alguns membros das burocracias militares, de inteligência e diplomáticas permanentes dos EUA (“deep state”) tinham razões políticas em interesse próprio para ordenar agentes infiltrados como o infame Ray Epps para incitar seus oponentes a infringir a lei de modo a desacreditar sua causa e estabelecer o pretexto para uma repressão. Motivações similares também poderiam ter levado seus colegas brasileiros a fazer o mesmo através de agentes análogos que incitaram a atividade ilegal em seu próprio capital no domingo.
Os protestos pacíficos não são ilegais nem nos EUA nem no Brasil, mas o contexto hiperpartidário em que os protestos pós-eleitorais ocorreram em suas capitais, há dois anos, e agora neste fim de semana, respectivamente, aumentaram drasticamente as chances de que forças maliciosas pudessem transformar em arma a psicologia de multidão para manipular os manifestantes na direção que serve aos seus interesses políticos de “estados profundos”. Para ser absolutamente claro, a manipulação sombria não isenta de culpa os participantes por seus crimes.
Fabricando Artificialmente uma Revolução Colorida
Todos são responsáveis por suas ações mesmo que tenham sido temporariamente apanhados na loucura da multidão, o que foi exacerbado por uma combinação de agentes disfarçados e forças políticas marginais como os chamados “Proud Boys” no caso dos Estados Unidos em direção ao fim da Revolução Colorida. A mesma dinâmica sociopolítica parece ter estado em jogo também no Brasil, onde agentes disfarçados e forças políticas similares procuraram – independentemente uns dos outros ou em conluio – replicar o dia 6 de janeiro.
Tanto a multidão americana quanto a brasileira foram previamente condicionadas através do contexto hiperpartidário pós-eleitoral, bem como através de mensagens de forças simpatizantes para potencialmente esperar muito drama durante as “últimas ações” que estavam preparando em apoio às suas respectivas causas. Um núcleo de elite, que em ambos os casos era provavelmente uma combinação de agentes infiltrados e forças políticas marginais, contou com colaboradores próximos para incitar as massas sob sua influência a protestos desordenados para fins de mudança de regime.
A descrição anterior pode provocar comparações entre esses dois eventos examinados e o “EuroMaidan” da Ucrânia de nove anos atrás, mas na verdade existem algumas grandes diferenças. É verdade que os três empregaram a tecnologia da Revolução Colorida, mas os dois primeiros não se transformaram em uma onda de terrorismo urbano de longa duração nem acabaram por conseguir realizar mudanças de regime, ao contrário do último. A razão para isto é que todos os três foram cooptados pelo “deep state” para fins diferentes.
As agências de inteligência ocidentais cultivaram clandestinamente o sentimento de mudança de regime na Ucrânia durante anos através de suas frentes “ONG” em uma base antirrussa ultranacionalista que oportunisticamente armava a oposição popular espontânea ao governo corrupto do ex-presidente ucraniano Viktor Yanukovich, depois que ele atrasou abruptamente a assinatura de um Acordo de Associação da UE. A intenção sempre foi derrubá-lo com o propósito de então explorar a Ucrânia como um representante antirrusso da OTAN.
Em contraste, a Revolução Colorida que a inteligência americana cultivou em Washington no início de 2021 estava condenada a falhar desde o início, já que seu propósito era fabricar artificialmente um incidente dramático que poderia então ser explorado para desacreditar a oposição e servir de pretexto para desmantelá-la. O mesmo modus operandi estava indiscutivelmente em jogo durante o evento de imitação que acabou de ocorrer no Brasil no domingo, facilitado de forma semelhante pelos serviços de segurança e, portanto, condenado a falhar desde o início.
Desmantelando a especulação de que a Biden tentou derrubar Lula
Alguns da Mídia Alternativa reagiram imediatamente à mais recente (embora falsa) tentativa de Revolução Colorida do mundo, especulando que a CIA poderia ter tido uma mão no que aconteceu para presumivelmente punir o Brasil por reeleger uma das figuras multipolares mais famosas deste século, Lula. Esta explicação dos acontecimentos esquece várias observações “politicamente incorretas” que lançam dúvidas sobre a narrativa acima mencionada e, na verdade, reforçam a interpretação apresentada no presente artigo.
A Administração Biden não está realmente contra Lula, pois endossou entusiasticamente sua vitória sobre Bolsonaro por razões ideológicas relacionadas ao fato de o primeiro estar mais alinhado domesticamente hoje aos liberais-globalistas que governam os EUA, ao contrário de Bolsonaro que abraça crenças conservadoras. O apoio de Joe Biden a Lula também não foi apenas retórico, uma vez que foi apoiado de forma tangível pelo envio do Conselheiro de Segurança Nacional Jake Sullivan ao Brasil no mês passado.
O porta-voz da Casa Branca informou que “o Sr. Sullivan reuniu-se com o Secretário de Assuntos Estratégicos, Almirante Flávio Rocha, para expressar apreço pelo progresso no relacionamento EUA-Brasil e reforçar a natureza estratégica e de longo prazo da parceria EUA-Brasil. O Sr. Sullivan também se reuniu com o Presidente eleito Lula e membros de sua equipe de transição”. Este discurso confirma o apoio sincero dos EUA a Lula e o desejo de fortalecer suas relações estratégicas com o Brasil durante seu terceiro mandato.
Sabendo agora o que aconteceu menos de um mês depois, também não se pode descartar que Sullivan procurou dar os retoques finais na trama especulativa do “deep state” brasileiro aliado para replicar os eventos de 6 de janeiro por razões semelhantes relacionadas a desacreditar a oposição conservadora, criando o pretexto para uma repressão contra eles, e assim consolidando o poder no contexto hiperpartidário pós-eleitoral que corroeu maciçamente a legitimidade de cada respectivo governo.
O fato “politicamente incorreto” de que ambas as capitais estavam indefesas, apesar do aviso prévio dos planos da Revolução Colorida das forças marginais, é muito suspeito para ser considerado uma coincidência, especialmente porque os principais meios de comunicação americanos e brasileiros estavam avisando há meses que os partidários de Bolsonaro estavam tentando fazer o seu próprio 6 de janeiro. Ao manipularem a multidão e facilitarem estas Revoluções Coloridas condenadas ao fracasso, seus “deep states” conseguiram o que queriam.
A reação oficial da Administração Biden ao que acabou de acontecer, como foi dito por Biden, Sullivan e pelo Secretário de Estado Antony Blinken, confirma que os Estados Unidos são totalmente solidários a Lula, ao contrário do que alguns da Mídia Alternativa especularam sobre derrubá-lo através de uma versão brasileira do “EuroMaidan”. Isto contrasta com seu apoio total à tentativa muito mais violenta da Revolução Colorida no Irã, que é obviamente uma operação de mudança de regime em que os EUA estão engajados, ao contrário do que acabou de acontecer no Brasil.
O papel do Ministro Alexandre De Moraes
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O artigo que o Washington Post (WaPo) publicou no domingo à noite pode ser visto como uma prova circunstancial em apoio à conclusão de que os EUA apoiam a esperada consolidação do poder de Lula no rescaldo da falsa Revolução Colorida mais cedo naquele mesmo dia. Este veículo de imprensa é amplamente considerado como o porta-voz não oficial do “deep state” dos EUA, razão pela qual sua peça intitulada “Come to the ‘war cry party‘: How social media helped drive mayhem in Brazil” (trad:”Venha para o Partido do Grito de Guerra: Como as mídias sociais ajudaram a provocar o caos no Brasil”) deve ser escrutinada de perto.
Publicada apenas dez horas depois que os apoiadores de Bolsonaro invadiram os três edifícios governamentais mais importantes politicamente (o artigo foi ao ar às 22h30) é altamente suspeito que tenha sido tão detalhada. É difícil de acreditar que a autora Elizabeth Dwoskin tenha criado seu ângulo de censura fortemente implícito, compilado suas fontes, entrevistado vários especialistas, escrito seu artigo e completado o processo editorial naquele momento.
Ao contrário, é muito mais provável que ela tenha sido avisada com antecedência através das fontes do “deep state” de WaPo de que algo poderia estar prestes a acontecer, razão pela qual ela estava pronta para produzir seu artigo tão rapidamente (se ela não tivesse sido escrita com antecedência). A ótica do “deep state” – ligado ao WaPo – empurrando uma narrativa de censura da mídia social fortemente implícita apenas horas depois do que aconteceu sugere o apoio dos EUA às medidas relacionadas ao Ministro do Supremo Tribunal Federal brasileiro Alexandre de Moraes.
A Reuters informou que ele “ordenou às plataformas de mídia social Facebook, Twitter e TikTok que bloqueassem a propaganda golpista”. Ao considerar o quanto ele já abusou de sua prerrogativa legal nos últimos meses e que serviu para alimentar ainda mais a já emergente oposição de base orgânica à votação do ano passado (que foi posteriormente explorada pelo “deep state” brasileiro, como explicado), espera-se que ele tire o máximo proveito disso na sequência do que aconteceu.
Antes da vitória de Lula, o New York Times (NYT) – um dos mais influentes órgãos de imprensa nos EUA – expressou desconforto com o poder de censura sem paralelo que Moraes havia acumulado em suas mãos. Esta postura cética é evidenciada em artigos de setembro e outubro intitulados, “To Defend Democracy, Is Brazil’s Top Court Going Too Far?” (trad: “Para defender a democracia, o Supremo Tribunal do Brasil está indo longe demais?”)e “To Fight Lies, Brazil Gives One Man Power Over Online Speech” (trad: “Para combater as mentiras, o Brasil dá poder a um homem sobre o discurso online”) respectivamente.
Independentemente de inverterem sua posição editorial após os eventos de domingo, o precedente foi assim estabelecido pela próprio imprensa mainstream para que as pessoas questionassem os poderes de censura de Moraes. Entretanto, considerando a total solidariedade da Administração Biden com Lula, bem como o apoio do “deep state” norte-americano a mais censura das mídias sociais no Brasil e além, como intuído pelo artigo detalhado de WaPo, publicado suspeitosamente apenas 10 horas após o que aconteceu, tais críticas podem se tornar “tabu”.
A possivelmente iminente quebra por Biden da rede de Trump
Afinal, tanto a Administração Biden quanto o recém-formado Governo Lula têm o mesmo interesse em desacreditar os opositores conservadores de seus governos, com os quais diferem ideologicamente devido ao abraço dos atuais líderes americano e brasileiro ao liberal-globalismo no sentido político interno. Para esse fim, seus “estados profundos” cultivaram e facilitaram tramas de “Revolução Coloridas” condenadas ao fracasso através de agentes infiltrados e em capitais indefesas, respectivamente, para estabelecer o pretexto para ações de repressão para a consolidação do poder.
O que é único na última trama no Brasil é que Bolsonaro hoje reside na Flórida, e Lula o acusou oficialmente de ser o mentor dos recentes eventos (que o ex-líder negou), e há conexões documentadas entre as campanhas Bolsonaro e Trump, famílias, e redes políticas associadas. O último ponto mencionado levou a BBC a publicar um artigo logo após os eventos de Brasília com o título “Brazil Congress storming: How riot was stoked by Trump’s election-denying allies” (trad: “Invasão ao Congresso do Brasil: Como o tumulto foi alimentado pelos aliados de Trump que contestam o resultado das eleições”).
Por volta da mesma época, a Reuters publicou seu próprio relato sobre como “Bolsonaro’s Florida Stay Puts Ball in Biden’s Court After Brasilia Riots“, que citou alguns democratas que querem extraditar o ex-líder de volta para seu país. Considerando a acusação de Lula de que o seu antecessor foi o mentor desta tentativa fracassada de “golpe” e a corrupção irredimível do Supremo Tribunal brasileiro (como recentemente encarnado por Moraes), Bolsonaro provavelmente enfrentaria a prisão se isso acontecesse.
Não apenas isso, mas se os investigadores brasileiros e/ou americanos encontrarem e/ou fabricarem provas sugerindo que os cidadãos americanos supostamente desempenharam um papel nos eventos de Brasília, que o Governo Lula descreveu oficialmente como um “golpe” e como “terrorismo”, então eles podem ser processados sob a Lei de Neutralidade de 1794. Essa lei proíbe os americanos de fazer guerra contra estados em paz com os EUA, que é o que as Administrações Biden e/ou Lula poderiam alegar que esses cidadãos fizeram se eles alegadamente “conspirassem” com Bolsonaro.
Caso seja formada uma conexão – seja objetivamente existente com base em fatos reais, completamente fabricada devido a notícias falsas, ou uma mistura delas – entre Trump, sua família, e/ou a rede com Bolsonaro, então a Administração Biden poderia processá-los também sob esse pretexto. Este cenário poderia permitir que os governantes liberal-globalistas dos EUA desferissem um golpe mortal na sua oposição conservadora semelhante à que seus correligionários brasileiros parecem estar fazendo para seus próprios fins de consolidação de poder.
Com estes motivos ocultos em mente e lembrando as comparações “politicamente incorretas” entre as tentativas de falsa Revolução Colorida em ambos os países, certamente parece que o “estado profundo” do Brasil conspirou com os EUA para replicar o cenário de 6 de janeiro em seu próprio país. No mínimo, isto serviu para fabricar artificialmente o pretexto para Lula reprimir a oposição conservadora, o que faz avançar também os interesses ideológicos da Administração Biden, mas pode ser mais do que isso.
Como foi explicado recentemente, as últimas narrativas de guerra de informação da BBC e da Reuters sugerem que o incidente em Brasília também poderia ter fabricado artificialmente o pretexto para a Administração Biden reprimir sua própria oposição conservadora, ou seja, Trump, sua família e/ou rede. Quer isso aconteça ou não, e é muito cedo para dizer com certeza, embora este cenário ainda não possa ser descartado, é possível que os EUA também possam proporcionar ao Brasil uma flexibilidade adicional de política externa como contrapartida.
As probabilidades de uma troca de favores Brasil-EUA em política externa
Em vez de se opor “gentilmente” por razões ideológicas, como começaram a fazer durante o fim do mandato de Bolsonaro, os EUA poderiam suavizar sua resistência deixando que Lula fizesse algum progresso em sua visão multipolar sem desafiá-los retoricamente demais, como fizeram com seu antecessor, desde que Lula permanecesse na linha. Aumentar a pressão sobre o novo líder brasileiro em reação a seus movimentos de política externa poderia ser contraproducente para os EUA, pois poderia desestabilizar este governo ideologicamente alinhado e frágil.
A fim de realmente “reforçar a natureza estratégica e de longo prazo da parceria EUA-Brasil” que a porta-voz da Casa Branca declarou que Sullivan se propôs a fazer durante sua viagem para lá há menos de um mês, Washington tem que proporcionar a Brasília um grau de flexibilidade em termos de política externa, pelo menos superficialmente. Dito isto, os Estados Unidos também não podem alcançar o objetivo estratégico acima mencionado se parecer que o Brasil está desafiando abertamente as exigências do hegemon unipolar em declínio, e por isso a necessidade de criar um pretexto para “manter sua credibilidade”.
Aí reside uma das motivações adicionais por trás do conluio entre os “estados profundos” americanos e brasileiros, na medida em que a “Revolução Colorida”, aconselhada pelos EUA, estabeleceu a base sobre a qual “reforçar-se-á a natureza estratégica de longo prazo da parceria EUA-Brasil”. Eles não apenas trabalharam em estreita colaboração na concepção deste cenário, mas o resultado da repressão do Brasil à sua oposição conservadora, como os EUA fizeram a sua própria oposição após 6 de janeiro, forma um vínculo público entre eles.
A reafirmação do alinhamento ideológico destes governos liberais-globalistas em face de “ameaças à sua democracia” supostamente compartilhadas pela oposição conservadora que tanto suas autoridades quanto os gerentes de percepção hoje em dia enquadram como “fascistas” criou uma forte confiança mútua. Mesmo sem o cenário da Administração Biden replicando a repressão de Lula sobre o pretexto da Lei de Neutralidade de 1794, a narrativa foi estabelecida agora que os EUA podem confiar no Brasil para não desafiar a “ordem baseada em regras”.
Na prática, isto significa que os EUA não são obrigados a desafiar retoricamente o Brasil por seus esforços multipolares, como fez durante o mandato de Bolsonaro, uma vez que Lula está ideologicamente alinhado com a Administração liberal-globalista de Biden no plano doméstico e provou isto à luz dos acontecimentos de domingo. Como resultado, o Brasil poderia, portanto, fazer algum progresso adicional na direção multipolar – seja superficial ou apenas ligeiramente substancial – sem a resistência pública dos EUA, desde que se mantenha na linha.
Pensamentos Conclusivos
Considerando a miríade de dimensões estratégicas do incidente suspeito de domingo em Brasília, bem de pontos em comum entre os “estados profundos” americanos e brasileiros, tanto no período que antecede o que aconteceu quanto depois (incluindo o que pode se desdobrar em breve com relação à repressão contra Trump, sua família e/ou rede sob o pretexto da Lei de Neutralidade de 1794), há provas abundantes para concluir que todos devem ser cautelosos antes de se apressarem para emitir julgamento.
Longe de ser uma tentativa fracassada do chamado “golpe fascista e terrorista”, parece convincentemente que esta sequência de eventos foi fabricada artificialmente via conluio entre os “estados profundos” americanos e brasileiros, a fim de avançar suas agendas ideológicas compartilhadas. A Rússia e Turquia denunciaram os últimos eventos não porque caíram na “narrativa oficial” escrita pela mídia mainstream do Ocidente, mas devido ao princípio de sempre se oporem às Revoluções Coloridas e se solidarizarem com o Brasil, membro dos BRICS.
Apesar do conluio do “deep state” com seu homólogo americano, ainda se espera que o Brasil mantenha uma direção mais ou menos multipolar em termos de sua política externa, uma vez que o alinhamento ideológico do Governo Lula com os EUA se limita ao âmbito doméstico e não ao internacional. Este líder pela terceira vez ainda apoia reformas graduais destinadas a tornar a ordem mundial mais democrática, igualitária, justa e previsível, como a Rússia, Turquia e outros fazem, mas também cooperará com os EUA em interesses compartilhados.
No entanto, não há como negar que seu “deep state” conspirou tão intimamente com os EUA na orquestração dos dramáticos acontecimentos de domingo, o que suscita temores credíveis de que a influência americana no governo brasileiro possa ser muito mais profunda do que até mesmo os observadores mais cínicos suspeitam. Isso, por sua vez, poderia levar ao cenário em que os EUA acabariam por trair Lula por vários meios, incluindo um golpe militar ou pós-moderno como o que depôs sua sucessora, caso ele saísse da linha.
Por estas razões, espera-se que ele proceda com muita cautela na frente da política externa apesar de estar ideologicamente desalinhado com os EUA nesse aspecto, a fim de não arriscar sua ira da Guerra Híbrida. Lula pode ter aprendido sua lição da última vez para não ir muito longe na direção multipolar, para que ele e seus “companheiros de viagem” mais próximos não sofram consequências de mudança de vida, como Dilma Rousseff mais tarde também sofreu. Se este for o caso, então não há muito o que esperar de seu terceiro mandato.
O Lula não tem projeto de país, tem apenas projeto de poder. Os petistas só querem saber de seus cargos e mamatas. Por isso os petistas aceitam de maneira subserviente todas as ordens dos gringos e as agendas liberais (lacração e identitarismo).
A “nova esquerda” está repleta de vagabundos que só querem saber de mamata em ONG em bolsa de estudo nas “grandes universidades estadunidenses”.
O mesmo vale para o Ciro Gomes e para o Bozo. Toda a classe politica é assim.
Os militares da ditadura também não tinham projeto de país. O projeto de “sub-império” deles é quase o mesmo que o do FHC (subordinação disfarçada).
O primeiro sujeito que tentou fazer alguma coisa séria no Brasil foi o Jose de Bonifácio, que terminou rechaçado pelo imperador.
O único sujeito que conseguiu executar um projeto de país foi o Getúlio Vargas, por isso até hoje ele é odiado pela “elite paulista”.
Esse texto tem uma falha grave de conceito.
O Bozo e o palhaço laranja não são conservadores, eles se definem como neoconservadores (NEOCONS). Os “conservadores” de hoje em dia não conservam nem as pregas…
Os democratas e os republicanos são globalistas. O sujeito que acha que essa corja é uma força de resistência contra a NOM (Nova Ordem Mundial) está de brincadeira.
A resistência são os russos, chineses e etc…
O objetivo imediato dos gringos é bastante obvio. Querem trazer o PSDB (direita liberal) de volta do mundo dos mortos. Aquele bipartidarismo maçônico PT X PSDB é o modelo ideal para as elites. Controlar dois partidos é fácil demais, basta ver como funciona o regime estadunidense.
O objetivo mediato é eleger algum entreguista (Tucano Moro e Aécio) ou algum palhaço comediante de extrema direita (Luciano Huck e Danilo Gentili).
Uma das coisas interessantes que o texto mencionou, sem aprofundar, foi justamente a fragilidade do governo Lula. Realmente é absurdo como esse governo é fácil de infiltrar (ONGs) e de influenciar (grupos de pressão como a turma da lacração – TODES).
Acredito que as pessoas que soltaram o Lula queriam exatamente isso, um governo fraco e fácil de manipular. O Lula virou um fantoche.
Exatamente o que eu penso. Sem tirar, nem pôr. Só é engraçado ver uma parcela da esquerda gabando-se de setores imperialistas estarem devidamente satisfeitos com os resultados eleitorais brasileiros. Tanto direita como esquerda estão sendo desestruturadas de dentro para fora, há anos. Não consensos, objetivos, propostas de intervenção minimamente funcionais. Só há uma briga ideológica generalizada, onde cada um trava uma batalha individual para defender pautas inúteis que não fazem nem cócegas no status quo globalista-liberal. Essa falsa polarização dá a impressão de que o povo está se politizando, quando, na verdade, o povo nunca esteve tão alienado e adormecido.
interessante o tema, apesar de o Texto estar cheio de falhas gramaticais!