
A Polícia Federal cumpriu mandados de busca em apreensão na manhã do dia 12 em endereços de militares que integravam o Gabinete de Intervenção Federal no Estado do Rio de Janeiro em 2018. O motivo seria o superfaturamento de coletes balísticos para equipar as forças policiais, a serem adquiridos por uma empresa estadunidense, a CTU Security LLC.
De fato, foi assinado um contrato pelo gabinete do então interventor, General Walter Braga Netto, sem passar por licitação, por um valor de R$ 9,8 milhões, o que, de acordo com parecer posterior do Tribunal de Contas da União, configuraria um superfaturamento de mais de R$ 4 milhões. Contudo, o próprio gabinete cancelou o contrato, e nota explicativa de Braga Netto informa que ele decidiu pelo cancelamento do contrato após analisar a documentação enviada pela empresa. Nenhum colete foi adquirido, nem houve repasses a CTU Security.
As ações da PF fazem parte da Operação Perfídia, que, na verdade, teve origem em informações passadas pelo Departamento de Segurança Doméstica dos EUA (Homeland Security), a partir de investigações feitas por este órgão sobre a participação da empresa no assassinato do presidente haitiano Jovenel Moise, ocorrida em 2021. Com a operação, a PF obteve autorização para quebra de sigilo telefônico e de seus aplicativos de mensagens, com base em um suposto favorecimento à CTU no contrato, que, mesmo assim, foi cancelado.
No contexto político, a Operação Perfídia pode ser entendida como mais uma ação para aprofundar o cerco ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Braga Netto, apesar de absolvido pelo TSE, foi vice na chapa presidencial derrotada em 2022 e vinha sendo cotado como possível candidato à Prefeitura do Rio em 2024. Em um padrão visto na já desacreditada Operação Lava Jato observa-se o papel das autoridades dos EUA no andamento das investigações.
Eu não confio no Lula, o que ele fala não se escreve. ¡¡¡O Xandão quer prender o Putin!!!