Quinta-feira, dia 11, mais um capítulo do ativismo judicial no cenário político: o Secretário de Educação do Estado do Rio de Janeiro, Pedro Fernandes, foi preso. Uma ordem de prisão também foi expedida para a ex-deputada federal Cristiane Brasil, pré-candidata à Prefeitura do Rio, que, contudo, não foi encontrada na sua residência, pela manhã. Durante a tarde, Cristiane se entregou à polícia. Por sua vez, o Presidente Jair Bolsonaro foi obrigado pelo Ministro do STF Celso de Mello a depor presencialmente à corte por causa da denúncia do ex-ministro da Justiça Sergio Moro, por ter interferido no comando da PF.
Pedro Fernandes e Cristiane Brasil estão sendo investigados, em uma operação do MP e da Polícia Civil, de desvio de recursos, em mais de R$ 30 milhões, proveniente de contratos na área de assistência social do Estado do Rio, ocorridos entre 2013 e 2018. Pedro Fernandes testou positivo para Covid-19 e está em prisão domiciliar. Cristiane Brasil é filha de Roberto Jeferson, político de quem Bolsonaro está se aproximando. O que talvez cause ciúmes em alguns setores que querem se aproximar do Presidente da República.
Do jeito que a coisa vai, qualquer um que se candidate a cargo eletivo no Rio esteve estar um pouco ressabiado. Sobretudo porque muitos deles estiveram, mais ou menos, próximos aos governos de Sérgio Cabral (2007-2014) e Luis Fernando Pezão (2014-2018). Já Bolsonaro, que comemorou o afastamento de Witzel, não deve estar agora tão feliz com o Judiciário como estava na semana anterior. Afinal, a política é como as nuvens no céu.