Amapá está um caos. Barra de gelo é vendida por R$ 50.
O Estado do Amapá sofre com a falta de energia, água e combustíveis desde a última terça-feira quando a subestação de energia que pegou fogo por volta das 20h40, na capital Macapá, levou ao desligamento automático da linha de transmissão.
A empresa responsável é a espanhola Isolux, que tem histórico de maus serviços prestados em outros países, mas quem está fazendo o conserto são os trabalhadores da Eletrobras. Cerca de 700 mil pessoas, de 13 dos 16 municípios estão sem luz.
De acordo com o diretor do Sindicato dos Urbanitários do Maranhão (STIU/MA), Wellington Diniz, em 2014, a Isolux já deu um prejuízo de US$ 476 milhões ao estado de Indiana, nos Estados Unidos, onde também prestava serviços.
Segundo Diniz, a Isolux que controla a concessionária Linhas do Macapá não conseguiu fazer o reparo e pediu ajuda para a Eletrobras. A estatal brasileira enviou técnicos do Pará, Maranhão e Rondônia para solucionar o problema. “O que acontece no Amapá pode acontecer em outros lugares. Bolsonaro e Bento Albuquerque vêm dizendo que a Eletrobras não tem capacidade de investimento, e apostam na privatização, só que na hora em que acontece um acidente como este são os técnicos da Eletrobras que são convocados para prestarem socorro à empresa internacional porque ela não tem capacidade para resolver o problema”, alerta Diniz, que também é funcionário da Eletronorte, do holding Eletrobras.
Segundo ele, a Isolux não tem capacidade técnica, nem trabalhadores em números suficientes para manutenção, nem recompor a energia em pouco espaço de tempo, por isso os técnicos da Eletrobras foram chamados para prestar socorro.
Apesar da gravidade da situação, o ministério das Minas e Energia, sob o comando do general Bento Albuquerque, e o governo local, preveem que a situação só se normalize em 15 dias, podendo se estender por outros 15.
De acordo com técnicos, a demora se dá porque um novo gerador só deve chegar em duas semanas. Pesa cerca de 100 toneladas e seria levado de barco, o que dificulta ainda mais a logística operacional. A esperança para a população é que o fornecimento de energia seja reestabelecida em 70% em todo o estado do Amapá, conforme prometeram as autoridades governamentais.
Estado de caos
Enquanto lutam contra o tempo para reestabelecer pelo menos parte da energia nos 13 municípios afetados (apenas três estão com energia: Laranja do Jari, Vitória do Jari e Oiapoque, por serem abastecidos pela usina de Coaraci Nunes, sistema independente da linha de transmissão da Isolux ), os relatos do presidente do STIU-AP e da tesoureira da CUT/AP, Maria Neuzina Tavares Castro, são de caos e desespero dos amapaenses.
O Amapá se transformou em um estado de puro caos. Filas nos supermercados são imensas, o que já vem causando alguns desentendimentos para comprar água, que está sendo racionada, segundo o presidente do Sindicato dos Ubanitários do Amapá (STIU-AP), Jedilson Santa Bárbara de Oliveira. Há estabelecimentos que vendem apenas dois galões de cinco litros por pessoa.
As padarias também estão limitando a venda de pães a dez unidades por família. Nos postos de combustíveis as filas quilométricas são formadas por 60 a 50 veículos. Outros postos estão fechados porque suas bombas não condições de retirar o produto dos poços. “O calor é insuportável, especialmente para os mais idosos e crianças, que têm de deixar suas portas e janelas abertas para entrar algum vento, mesmo com medo de assaltos ou algum tipo de violência que possam ser cometidos em função das ruas vazias e a escuridão. A temperatura na capital amapaense é em média 35 graus, mas a sensação térmica chega a 40 graus”, diz Jedilson oliveira.
De acordo com o dirigente, com o calor e a necessidade de manter alimentos refrigerados, uma barra de gelo chega a ser vendida por R$ 50. A comunicação também é precária. As linhas de celulares das operadoras Vivo e Oi não funcionam. Ele explica que a Claro é a única operadora que dá algum sinal e, ainda assim de vez em quando. Há casos em que uma mensagem transmitida pelo whatsAPP pela manhã só é visualizada a noite. Toda a energia que chega é direcionada apenas a hospitais e serviços essenciais. “Toda essa situação poderia ser evitada se a empresa que ganhou a concessão da linha de transmissão contratasse profissionais com qualificação, mas ela só se interessa em pagar baixos salários, colocando a população em risco”, critica Jedilson Oliveira.
Com Informações Monitor Digital
Graças. Sou vizinha, de um prédio o de funciona um ONU da Eletrobras/CHESF. Inclusive eu cometi um erro, de tantos outros, claro, em pensar que essa empresa de energia do Amapá, ainda fosse estatal. Por isso um possível boicote, para motivar uma privataria como foi no governo do FHC, e está sendo, os processos de privatização desse governo atual. Que também é de picaretas
Vou consertar o texto acima, que escrevi. Digo: onde funciona…, um ONS