O Brasil não tem dinheiro para pagar benefícios há uma população de desvalidos sociais, pessoas vítimas de políticas pontuadas por roubalheiras e compadrios centenários, onde, via de regra, todos os principais personagens habitam o nosso cenário político há mais de três gerações.
Nossas ruas estão esburacadas, a maioria delas não tem nenhum tipo de pavimentação, a maioria das cidades não tem mais que 10% de esgoto e saneamento básico para sua população, valas negras são uma constante e cortam esta cidade como verdadeiros deltas de um rio de impunidade.
Falta dinheiro em tudo quanto é lugar, falta dinheiro para todo tipo de investimento e a única coisa que entra governo e sai governo que se ouve falar é “reformas”. Reforma parece uma palavra mágica no melhor estilo “abra cadabra”, capaz de resolver qualquer problema, basta para isso fazer uma reforma daquelas de ensinar o povo, por exemplo, a comer cada vez menos e trabalhar cada vez mais.
Do outro lado dessa página negra, no entanto, temos um exército de 57 mil inúteis vereadores, a sua maioria esmagadora composta de picaretas dedicados a extorquir e fazer negociatas nesses municípios, onde, segundo o IBGE, 40% deles não teria condição ao menos de existir, essa cambada leva religiosamente todos os meses entre 4 a 7% do total da arrecadação do município.
Interessante dizer um belo subterfúgio dessa gangue, o verdadeiro ventre do crime dos políticos do Brasil, se o município receber um incentivo ou até um empréstimo, naquele mês a parte abocanhada por esse arcabouço de vagabundos aumenta, porém estes não participam do pagamento do empréstimo depois.
Se não bastassem esses 57.000 remunerados ladrões, eles ainda carregam um séquito que pode chegar a mais de 400.000 assessores, um neologismo e um disfarce para nomeação de fantasmas que retornam até 80% de seu salários para o bolso de seus empregadores, no esquema de “rachadinhas”.
Esse capítulo de hoje é dedicado apenas a essa escória, o maternal ou vamos dizer o jardim de infância da criminalidade política nacional. Ainda falta esmiuçar as assembleias legislativas, Câmara dos Deputados e o inútil Senado, o totalmente inútil STF e as nomeações estapafúrdias do quinto constitucional e a vida de nababo dos nossos inalcançáveis e incensados magistrados.
É ali onde deveria existir uma reforma, é em cima dessa choldra que deveríamos passar uma motoniveladora, o dia que aparecer alguém aqui de esquerda ou de direita e que pense neste país como uma nação, que crie frente de trabalhos forçados com essa patifaria o dinheiro irá sobrar, nossas rodovias se igualarão as europeias em nossas cidades serão por mais humilde que sejam recriações do paraíso.
A Covid-19 é uma pandemia de quinta categoria comparada com a verdadeira pandemia nacional, a nossa grande pandemia é uma cleptocracia ambidestra que se instaurou no país e se especializou em fazer com que a vida do nosso povo seja pior a cada dia, a nossa verdadeira pandemia não tem o formato de uma mamona, ela, via de regra, veste terno e gravata e são chamados por todos de meritíssimos e vossas excelências.