
Por Rubem Gonzalez
Não, Crea-SP, não há preconceito nas risadas, piadas e memes, preconceituosa foi a empresa que enalteceu o fato de terem só mulheres na sua equipe como se isso por aí só fosse algo diferencial de qualidade.
Em engenharia e na área de Exatas, ao contrário da etérea Humanas, os resultados são o que corroboram a resultante das ações profissionais de seus membros. No caso em epígrafe, foi a construtora que fez o destaque, porém o resultado foi catastrófico, e, me desculpem, caras identitárias politicamente corretas, em Exatas é isso que se julga, o resultado.
A qualidade de um profissional não está ligada à sua cor, ao seu sexo ou quiçá à sua opção sexual, a qualidade profissional deve ser medida pelo talento e pela capacidade do profissional executar aquilo que foi proposto e para aquilo que foi contratado, e no caso deu tudo errado.
Ao tentar associar o sucesso da empreitada ao empoderamento feminino, a empresa acabou caindo na armadilha que ela mesmo criou, afinal se o sucesso seria fruto da capacidade e do talento unicamente de uma equipe feminina, com direito a depoimentos emocionados, em que foi exaltado apenas o sexo e a função das envolvidas, deveriam saber que o fracasso também faz parte desse mesmo processo .
E veio o fracasso, a falha, o erro, e se como o sucesso tinha sido atrelado ao sexo dos personagens envolvidos, parece que não passou pelas cabeças iluminadas e coroadas de quem teve a ideia de jerico de associar sucesso de engenharia a fatores identitários, e que o oposto atrairia a galhofa, as piadas e a ridícula e vexatória exposição.
Desculpem-me mais uma vez, mas quem criou essa situação foram exatamente os envolvidos, da empresa às depoentes, que jogaram fora os preceitos que regem as Ciências Exatas e caíram na armadilha fácil e vulgar do identitarismo.
Aceitem que dói menos….