Por Felipe Quintas.
Muitos acreditam que o Nordeste antes do PT era esquecido pelo Governo Federal. O Regime Militar, em particular, é retratado como o ápice do abandono da região. A história, porém, evidencia o contrário. O crescimento econômico do Nordeste no Regime Militar sempre foi maior que o do Brasil e, na década de 70, foi o maior da história, com taxas bastante superiores até as da Era PT.
O Nordeste também conheceu acentuada redução da pobreza e da intensidade da pobreza. Ainda que a região tenha permanecido como a mais pobre do país, tornou-se significativamente menos pobre, como todo o Brasil.
Graças ao Programa de Integração Nacional (PIN), criado em 1970 pelo Presidente Emílio Médici, o Nordeste recebeu grande volume de obras de infraestrutura. A mais conhecida delas é a Transamazônica, que começa em Cabedelo (PB) e empregou milhares de nordestinos. Ainda em 1970, o Governo, utilizando a Engenharia do Exército, ligou as capitais nordestinas por rodovias, integrando como nunca antes a região.
Várias usinas hidrelétricas, como Paulo Afonso IV, Sobradinho e Moxotó, foram construídas pela CHESF (Companhia Hidrelétrica do São Francisco), para dar vazão ao aumento de consumo elétrico do Nordeste, também acima da média nacional.
Principalmente com a criação da Portobrás, em 1975, no governo Geisel, o setor portuário do Nordeste foi dinamizado. O Complexo Industrial e Portuário da Suape, erroneamente atribuído ao PT (!), foi iniciado no governo Médici e inaugurado 10 anos depois, em 1983.
A ampliação da infraestrutura foi fundamental para a industrialização da região. Os militares elegeram o Nordeste para receber o maior polo industrial do hemisfério Sul, o de Camaçari, na Bahia, iniciado com Médici e concluído com Geisel.
O Regime Militar também introduziu as indústrias de base no Nordeste, com a criação da Usina Siderúrgica da Bahia (Usiba), inaugurada em 1974, e que dois anos depois já exportava ferro esponja para a Itália, provando a competitividade da indústria nordestina.
A Sudene, criada no governo JK, foi bastante fortalecida no Regime Militar e participou ativamente da diversificação industrial regional, como reconhecido pela Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco. O edifício-sede da Sudene, inaugurado em Recife em janeiro de 1974 e hoje abandonado, foi um marco arquitetônico brasileiro de projeção internacional.
Além da Sudene, o Banco do Nordeste, criado por Getúlio Vargas, foi ampliado e fortalecido para desenvolver a região. As grandes obras contra enchentes em Recife, em 1975/76, foram possíveis com os recursos do Fundo para o Desenvolvimento Urbano.
O Regime Militar também atuou no meio rural. Com o Proterra, criado em 1971, o Regime Militar desapropriou e distribuiu várias terras a fim de modernizá-las. A Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), criada em 1974, atuou decididamente para transformar essa sub-região nordestina em um dos polos agroindustriais mais dinâmicos do Brasil.
O Banco Nacional de Habitação (BNH), criado em agosto de 1964, financiou a construção de vários conjuntos populares em todo o país, inclusive no Nordeste. Bairros inteiros, como o Cohab de Recife e Ernesto Geisel em João Pessoa, surgiram graças ao BNH.
A unificação do salário mínimo em 1984, após redução sistemática das diferenças salariais regionais, muito valorizou o trabalhador no Nordeste.
O Conselho Federal de Cultura, criado em 1967 p/ planejar as políticas culturais do Brasil, teve desde início a participação de grandes intelectuais nordestinos, como Gilberto Freyre, Ariano Suassuna, Rachel de Queiroz, Josué Montello e Pedro Calmon.
O Mobral, que alfabetizou 15 milhões de brasileiros, concentrou-se no Nordeste e no Norte, onde era mais acentuado o analfabetismo, e foi internacionalmente reconhecido, por países alinhados tanto aos EUA quanto à URSS. O programa de alfabetização, pelo Mobral Cultural, também desenvolveu inúmeras atividades culturais, sendo o Nordeste bastante favorecido.
O Regime Militar criou as Universidades Federais do Maranhão (1966), do Sergipe (1968) e do Piauí (1968), além de ter construído vários campi avançados no interior do Nordeste.
O Regime Militar também incentivou nacionalmente, pela Embratur, criada no governo Castelo Branco, o turismo ao Nordeste, até então desprivilegiado como destino de férias dos brasileiros.
A Estrada de Ferro Bahia e Minas criada em 1881 e desativada em 1966 só vai ser reativada (no papel) agora, em 2023. Não sei se um dia vai voltar a funcionar no mundo real.
Os militares odiavam as ferrovias pois “achavam trem que era coisa de comunista”. A URSS tinha uma excelente malha ferroviária.
Quiseram copiar o modelo estadunidense de “modal rodoviário”.
Sobre a Estrada de Ferro Bahia e Minas.
O objetivo da ferrovia é exportar o lítio de Minas Gerais (SEM VALOR AGREGADO), coisa que só países africanos miseráveis fazem. Nem os países da América Latina aceitam isso.
O governo da Bahia vai gastar R$ 12 Bilhões pra consertar e depois vai doar pra uma empresa privada por 100 (cem) anos.
“Quem ganha a licitação é dono da via e pode decidir quem pode usar. Mas quando a malha começa a crescer pode ser que aquele pedaço construído fique importante para ligar dois ramais de donos diferentes. Então, pode ser criado um gargalo, já que quem ganhou a licitação decide”.
Os “especialistas” do Brasil acham normal uma situação absurda dessas.
Segundo os “especialistas” o dono da ferrovia é “soberano”? Ele pode até decidir que não quer integrar ela na “malha nacional” e pronto? Que loucura é essa?
Eu não sou especialista, mas acho isso simplesmente absurdo.
Essa ferrovia especificamente, deveria ser usada também para transportar os mineiros até a praia. Isso não é “ser romântico” ou “folclórico”.
Honestamente, essa percepção de abandono “sempre existiu”, mas ela cristalizou-se efetivamente na consciência das pessoas durante a década de 1990, o nefasto período FHC.
As imagens de multidões de camponeses famélicos invadindo as cidades para saquear marcaram muito a consciência coletiva.
O problema do desenvolvimento no Nordeste é que ele ficou muito concentrado nas Capitais e Grandes Cidades.
Outra questão é que os militares mantiveram no poder as velhas oligarquias. Eles deveriam ter feito como fez o Marechal Deodoro da Fonseca, que PELO MENOS TENTOU derrubar os oligarcas (elites do atraso).
O RESPEITO AO DIREITO
Frederico II, rei da Prússia, (1712-1786) passou para a história como um homem de conhecimento vasto, amigo de intelectuais que frequentavam seu castelo de verão em Postdam, nos arredores de Berlim.
O luxuoso castelo estava encravado na encosta de uma colina, e ao lugar deu-se o nome de Sem-Preocupação. (Sans-Souci).
O rei resolveu construir um refúgio para promover encontros com intelectuais, e também para degustar finas iguarias, beber e caçar.
Havia na vizinhança um moinho e seu dono, ficou conhecido como o Moleiro de Sans-Souci, nos versos de François Andrieux.
Diante do propósito de ampliar sua propriedade, o rei Frederico II envia emissários para intermediar a compra do local do moinho. O moleiro de Sans-Souci, era vendedor de farinha e as todas insistentes do monarca para comprar-lhe o moinho foram infrutíferas. O moleiro recusou-se vender e era nisso resoluto, pois o local possuía valor sentimental já que ele fora criado ali e seus familiares pertenciam aquele lugar, sendo berço e moradia de seus filhos.
Inconformado com a recusa do moleiro, o próprio rei dirige-se até Sans-Souci, na tentativa de intimidar ao moleiro, disse-lhe:
“Você bem sabe que, mesmo que não me venda a terra, eu, como rei, poderia tomá-la sem nada lhe pagar”.
Nesse instante o moleiro retrucou ao rei:
“O senhor! Tomar-me o moinho”?
“Isso seria verdade se não houvesse juízes em Berlim”.
Nesse instante, relatam os livros de teoria do respeito ao Direito, o rei recuou e deixou o moleiro em paz, pois sua resistência às pretensões injustas do monarca foi possuir confiança na Justiça, que não se vergam aos interesses dos poderosos!
Os juízes do Ocidente, depois da segunda guerra mundial, tentaram desmoralizar os juízes da Alemanha tratando eles como criminosos. O único crimes deles foi aplicar a lei.
O filme “Julgamento em Nuremberg” dirigido por Stanley Kramer de 1961 mostrou o que aconteceu.
Aqui no Brasil desde 10 de fevereiro de 1897, quando o Supremo Tribunal Federal absolve o Juiz Alcides de Mendonça Lima, defendido pelo Advogado Rui Barbosa, ficou claro que “aplicar a lei não é crime”.
Não sou nenhum “mito”, mas gosto de “mitar” todo dia.
Se Leonardo da Vinci porque é que eu não posso dar duas?
Acho que a melhor maneira de entender o que aconteceu com o Brasil (desinvestimento) é assistindo vídeos de “exploração urbana e caça fantasmas”.
Falando em “caça fantasmas”, o Youtube (matriz) mandou o Youtube Brasil (filial) desmonetizar praticamente TODO MUNDO, pois alguns youtubers desse setor estavam praticando crime de vandalismo. O engraçado é que justamente os vagabundos que estavam praticando crime de vandalismo não foram desmonetizados, pois tem “amigos dentro da plataforma”.
Outro setor que o Youtube proibiu foi o de “pegadinhas”. O pessoal começa os canais, mas assim que eles crescem e “entram no radar”, eles são derrubados diretamente ou indiretamente (shadowban, desmonetização e etc…).
O que a gente vai ver é a retração do SETOR PRODUTIVO, principalmente os frigoríficos (por precisar de bastante mão de obra e não ser uma atividade sazonal, raramente colocam no meio do nada).
Os neoliberais tiraram o dinheiro do mundo real e mandaram para o setor especulativo (A Era do Capital Improdutivo).
Sou pessimista com o PAC 3.
O Brasil teve setores importantes da economia ANIQUILADOS pela Lava Jato. Mesmo antes da lava jato o Brasil já tinha perdido setores importantes.
A nossa economia (nesse momento) é um relógio com um monte de engrenagens faltando. Claro que se der corda alguma coisa vai se mover, mas não vai ser perfeito como deveria ser.
A verdade sobre o “Drex”.
Quem garante o Bitcoin (criptomoeda)? Ninguém.
Quem garante o Drex (stable coin)? O Banco Central do Brasil.
As “vozes da minha cabaça” me dizem que esse “real digital” ou “real digital X” é uma armadilha e o povo brasileiro vai morrer de trabalhar para sustentar uma raça de parasitas (O Brasil precisava mesmo de um exame de fezes)…
É você quem financia essa merda… (Aquela frase do filme tropa de elite).
Palavra se pronuncia da mesma forma que “dreks”, do iídiche, que é o plural de “merda” na língua de derivação hebraica…
Qual vai ser o critério que o Exército vai usar pra fazer a DEMARCAÇÃO na fronteira Ceará X Piauí?
Na fronteira Tocantins X Piauí disseram que o Tocantins “ia perder 20 campos de futebol só pra deixar a fronteira bonita e reta”. Dava pra entender essa “lógica territorial perfeccionista”, o problema é que os 20 campos de futebol viraram 140 km².
Falando em “campos de futebol”, eu achava que os militares só podiam arbitrar “áreas pequenas”. Terminaram fazendo “um Maracanã no rabo do pessoal do Tocantins”.
A linha de fronteira Ceará X Piauí tem que ser nas montanhas… SÓ O CUME INTERESSA.
O conflito entre Ceará X Piauí começou quando os Flibusteiros Holandeses foram expulsos em 1654. Quem quer jogar o problema no colo do Dom Pedro II está de brincadeira, o conflito não começou em 1880.
Foi uma troca de territórios. O Piauí recebeu do Ceará uma saída pro mar e não foi uma comum, foi um Delta.
Não aceito reclamações sobre as minhas piadas envolvendo litígios territoriais, raramente tenho oportunidade de utilizá-las.
Um dos estados que estão tentando criar no Brasil é o estado do São Francisco, que é “aquela região que tiraram do Pernambuco e entregaram pra Bahia”, apenas por “lógica territorial”.
Espero que não inventem outro estado (Cerapió ou Piocerá) entre o Ceará e o Piauí.
O São Francisco junto com o Maranhão do Sul e a Gurgueia (Piauí do Sul) formam um triangulo… Será que é coincidência ou é um plano dos illuminati?
Teoria do crescimento endógeno
A teoria do crescimento endógeno sustenta que o crescimento econômico é o resultado principalmente de forças endógenas e não exógenas (externas). A teoria do crescimento endógeno sustenta que o investimento em capital humano, inovação e conhecimento contribuem significativamente para o crescimento econômico. A teoria também se concentra em externalidades positivas e efeitos de transbordamento de uma economia baseada no conhecimento que levará ao desenvolvimento econômico. A teoria do crescimento endógeno sustenta principalmente que a taxa de crescimento de longo prazo de uma economia depende de medidas políticas. Por exemplo, subsídios para pesquisa e desenvolvimento ou educação aumentam a taxa de crescimento em alguns modelos de crescimento endógeno, aumentando o incentivo à inovação.
Ou problema é que os brasileiros “são muitos espertos” e muitas vezes sabotam as políticas públicas… Ou problema é que os gestores públicos são muito inocentes….
Um exemplo ocorreu com a Petrobras e a questão do Biodiesel. Deram uma lista do que queriam que os agricultores plantassem e do quanto iam pagar…
O que a Petrobrás esperava? Um pouco de tudo, mais ou menos na mesma proporção. O que a Petrobrás recebeu? Mamona, só mamona…
Teve um caso famoso de uma Prefeitura do Interior que comprou 1(uma) tonelada de colorau pelo mesmo motivo. O pior é que era para a merenda escolar. O engraçado (tenho que dizer) é que a prefeitura vendeu pra uma fábrica por R$ 0,60 o que tinha comprado por R$ 0,55 e conseguiu tem algum lucro, praticamente ficou no zero a zero).
Até nas escolas os moleques sabem como “ganhar uma gincana”, quando a escola faz uma lista de itens, jogando todo o dinheiro só no item mais rentável.
Esses “professores” e “especialistas” que dizem que os brasileiros tem o Q.I. baixo são apenas analfabetos funcionais com um diploma embaixo.
O problema dos brasileiros é que só usam a inteligência para coisas ruins (sempre em beneficio próprio, nunca pelo bem da coletividade).
Aqui no meu vilarejo (vila oculta), aconteceu o mesmo problema quando tentaram diversificar a produção na zona rural. Antigamente era só “arroz, feijão, milho, mandioca”, roças de subsistência, sendo que a terra é boa e podiam plantar outras coisas mais lucrativas.
A primeira lista tinha muitas (muitas mesmo, faltou direcionamento) coisas, algumas até interessantes como Amendoim e Castanha do Pará. O problema é que os nativos não sabiam beneficiar (agregar valor) e tratavam (beneficiavam) como se fosse castanha de caju e terminavam deteriorando a qualidade ou estragando.
A lista era tão grande que eles ficaram confusos, como os jovens de hoje em dia… “podem fazer tudo e terminam não fazendo nada”…
No final das contas o que deu certo foram apenas as hortaliças (alface, repolho e etc…). Sinceramente foi uma iniciativa que valeu a pena, aumentou a renda dos agricultores e a qualidade, variedade da alimentação da população local.
Ainda acho que daria pra tentar novamente alguma coisas que deram errado na primeira tentativa. Como disse o do Pica Pau… “De volta ao planejamento”.