Em artigo no “Jornalistas Livres”, o economista Paulo Nogueira Batista Jr. elencou os cinco pontos que tornam o Acordo Mercosul – UE prejudicial para a economia brasileira. Conforme, ele ressalta, com o aval da presidência da República, o acordo está sendo negociado pela secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), Tatiana Prazeres, e pelo embaixador Maurício Lyrio, do Ministério das Relações Exteriores.
Eis os pontos:
1. Os europeus obteriam acesso livre a nossos mercados industriais, mas fazem poucas concessões nas áreas em que somos competitivos.
O acordo reduz a zero o imposto de importação de mais de 90% do comércio de bens. Ora, a média do imposto de importação do Brasil para bens industrializados é 15,2%; a da União Europeia, 1,8%. Ou seja, a redução para zero do nosso lado é importante vantagem para os europeus, mas do lado deles a diminuição é residual, insuficiente para que o Brasil possa exportar bens industriais para economias desenvolvidas como as da União Europeia. A indústria seria a grande derrotada acordo que levaria, inclusive, a distúrbios importantes nas cadeias industriais do Mercosul.
2. O acordo proíbe o imposto de exportação, o que é permitido pelas regras da Organização Mundial do Comércio.
Ora, esse imposto, se bem calibrado, pode constituir instrumento de promoção de investimentos na agregação de valor a commodities agrícolas e minerais. É o que fazem a China e a Indonésia, entre outros países. A Argentina, corretamente, excluiu o país da aplicação da proibição do imposto de exportação, sem qualquer ressalva. Já o Brasil, a pedido dos europeus, está correndo para definir uma lista de minerais estratégicos que ficarão excluídos dessa proibição. Uma lista taxativa de produtos excluídos é uma armadilha. Isso porque, estando a tecnologia em rápida evolução, o que é matéria-prima estratégica hoje, não era estratégico ontem. E pode deixar de ser amanhã.
3. Empresas estatais devem agir exclusivamente com base em considerações comerciais em suas compras ou vendas de bens e serviços, pelos termos do acordo.
Essa medida cerceia as políticas de preço e conteúdo local dessas empresas, afetando por exemplo as políticas de desenvolvimento e os programas de capacitação de fornecedores utilizados pela Petrobras. A Argentina excluiu diversas estatais estratégicas do alcance do acordo. O Brasil não excluiu nenhuma.
4. O acordo enfraquece a agricultura familiar brasileira, uma vez que liberaliza quase completamente o comércio do que é produzido por ela. Os nossos agricultores familiares ficariam ameaçados pelas importações de produtos europeus produzidos com subsídios elevados.
5. O agronegócio ganha pouco ou nada com o acordo que não é de livre comércio, uma vez que o setor agrícola continuaria administrado por cotas.
As cotas ou são insuficientes (inferiores às exportações atuais do Mercosul para a União Europeia), ou fictícias (para produtos nos quais a competitividade do produto europeu dificilmente abre espaço para nossas exportações) ou inofensivas (para produtos que já não enfrentam barreiras na União Europeia).
Os empresários brasileiros são uma piada…
Eu já tinha comentado que na minha cidade “o queijo estava sem gosto”. Parece uma bobagem, mas investiguei e descobri o motivo. Agora o queijo é “padrão Fifa”, o famoso “tipo exportação”.
Agora os empresários brasileiros não fazem mais a cura (processo de maturação do queijo). Por isso mesmo com todos os ingredientes não tinha gosto de nada. Esse é o “Just in Time (JIT)”, o capitalismo de estoque zero?
Cortar uma etapa essencial, que inclusive compromete a qualidade do produto é eficiência?
Mimimi, empresário sofre… Os caras não se responsabilizam por nada, são vitimistas.
Depois dizem que os esquerdistas não entendem de economia. O erro na linha de produção foi identificado, mas não vai ser resolvido.
A direita brasileira tem baixo Q.I., por isso não consegue pensar “na estrutura”, no acordo completo. A preocupação deles é só com coisas especificas (cláusulas).
Resumindo, se o acordo beneficia as empresas dos políticos (ainda que apenas no curto prazo) eles não se importam que setores inteiros da economia vão ser destruídos.
Depois chamam os outros de “esquerdopatas”… Na direita só tem psicopatas e sociopatas, eles são egoístas de maneira doentia, não conseguem “pensar na coletividade”.