
Por Raphael Machado.
A ONG Transparência Internacional tem sido investigada e acusada por uma série de possíveis irregularidades envolvendo os acordos de leniência da Operação Lava Jato. Supostamente, a ONG teria embolsado parte do dinheiro que deveria voltar para o erário público brasileiro.
Mas isso é só a ponta do iceberg.
A ONG em questão, que tem como enfoque o “combate à corrupção”, e que inclusive é responsável por preparar índices internacionais de corrupção, teria tido um papel extremamente ativo na Operação Lava Jato.
Segundo o que já se sabe a Transparência Internacional esteve diretamente envolvida na politização da Lava Jato para transformá-la em plataforma política durante as eleições brasileiras, inclusive planejando ataques difamatórios e acusações falsas contra adversários e planejando o financiamento de aliados.
Além disso, a Transparência Internacional, para todos os efeitos, estaria gerindo o dinheiro fruto dos acordos, orientando o seu depósito em uma conta ligada à própria ONG, bem como selecionando outras ONGs para receberem parcelas do dinheiro.
Além disso, a Transparência Internacional, para todos os efeitos, estaria gerindo o dinheiro fruto dos acordos, orientando o seu depósito em uma conta ligada à própria ONG, bem como selecionando outras ONGs para receberem parcelas do dinheiro.
Afinal, nada específico e de grande envergadura aconteceu em nosso país nos últimos meses para justificar uma narrativa de “aumento da corrupção”, exceto pelo próprio holofote lançado à ONG que se diz anticorrupção.
Agora, a Transparência Internacional estar envolvida em escândalos não é novidade.
De início, é importante ressaltar as suas fontes de financiamento, entre as quais estão a Comissão Europeia, o Departamento de Estado dos EUA, a Fundação Open Society, e outros órgãos de governo e fundações internacionais. Desnecessário dizer, portanto, que essas fontes tem a sua influência sobre o direcionamento do trabalho da Transparência Internacional, como de praxe.
Ademais, chama também a atenção para o fato de que é muito comum que a Transparência Internacional atue de forma bastante coligada com as Embaixadas dos EUA ao redor do mundo em “denúncias à corrupção”, interferindo nos assuntos internos dos vários governos do mundo.
Sem nenhuma surpresa, não fomos os únicos cuja “percepção de corrupção” piorou. A Índia também foi rebaixada em várias posições. Precisamente a mesma Índia que foi declarada como um de seus alvos principais por George Soros no ano passado, em uma disputa política, econômica e cultural que ele tem travado contra Narendra Modi e contra o empresariado indiano.
Outro país que teve uma piora drástica em suas “avaliações de corrupção”, mas alguns anos antes, foi a Hungria, que se viu surpreendida ao ser situada repentinamente como um dos países mais corruptos da Europa – na mesma época em que Orban estava banindo as ONGs ligadas a George Soros.
O caráter cômico, mas subversivo, das atividades da Transparência Internacional fica evidente quando descobrimos que ela categorizou recentemente a Ucrânia como menos corrupta que a Sérvia, Belarus e Rússia e declarou que a Ucrânia estava se tornando cada vez menos corrupta graças aos esforços anticorrupção de seu governo.
Isso enquanto políticos ucranianos se envolvem em escândalos de compra de casas nos EUA e Europa e armas ocidentais entregues à Ucrânia aparecem meses depois nas mãos do Boko Haram.
Desnecessário dizer, a Rússia incluiu a Transparência Internacional em uma lista de “ONGs indesejáveis” por considerá-la como “indo além do escopo oficial” e tendo um comportamento intervencionista nos assuntos internos do país.
Fica claro, portanto, que os “índices de corrupção” que ela divulga são parciais e politicamente motivados, que ela sempre atua em harmonia com o Departamento de Estado dos EUA, que ela tem a sua própria agenda no direcionamento de recursos recuperados no combate à corrupção e que ela tem como costume interferir nos assuntos internos dos países.
Espero que o atual escrutínio sobre a Transparência Internacional leve ao mesmo tipo de condenação e proscrição contra ela no Brasil.
A justiça brasileira adora se meter em tudo… Pelo menos “por enquanto” eles só não se metem em concurso de miss…
Acho que esse concurso de Miss Acre vai dar confusão. Ela não leu o contrato antes de assinar???